Com R$ 20M já investidos, BRQ quer apoiar startups com IA e Drex

Inovação
Inovação (Foto: Canva)

Com três décadas de experiência no mercado de transformação digital, a BRQ se consolidou como uma das principais referências em tecnologia e inovação aberta, apoiando mais de 150 empresas em 12 países. Por meio de soluções tecnológicas avançadas que combinam inteligência e inovação, a companhia impulsiona negócios ao integrar iniciativas próprias com parcerias estratégicas junto a startups, acelerando a entrega de soluções e acompanhando as rápidas mudanças do mercado.

“Inovação é um acelerador de negócios para os nossos clientes”, afirma William Nakasone, vice-presidente de inovação aberta da BRQ. “No entanto, para muitas empresas, inovar internamente é um processo lento e caro. Por isso, quando nos procuram, mapeamos seus desafios e oferecemos soluções desenvolvidas internamente ou em parceria com startups, permitindo acelerar a inovação em seus negócios”, explica.

Esse movimento ganhou força em 2016, com a criação do hub de inovação da companhia. “Naquele período, trabalhávamos na base da tentativa e erro, testando diversos modelos de negócio. Chegamos a fazer até uma exchange de cripto”, recorda Matheus Berger, head de Corporate Venture Capital na BRQ. Ele conta que, com o Innovation Hub, a empresa dedicou-se a identificar lacunas de mercado utilizando os talentos já disponíveis internamente para criar novos negócios.

Ao mesmo tempo, a BRQ via que o ecossistema de venture capital, ainda em fase inicial, começava a mostrar sinais de amadurecimento. Foi nesse cenário que a organização estabeleceu seu primeiro contato institucional com oportunidades de investimento. “Passamos a investir em startups entre o final de 2016 e o início de 2017 como uma forma de apoiar iniciativas alinhadas ao nosso foco em transformação digital, além de acelerar as entregas para nossos clientes”, diz o executivo.

Evolução do ecossistema

Em 2019, a BRQ refinou sua tese de investimento e, hoje, o Innovation Hub conta com uma estrutura robusta, que engloba um hub de soluções SaaS, um programa de intraempreendedorismo e verticais dedicadas ao corporate venture capital e ao corporate venture building.

A estratégia prevê aportes de até R$ 2 milhões em startups B2B com modelo Software as a Service (SaaS) e alto potencial de escalabilidade. O foco está nos setores financeiro, agro, seguros e, mais recentemente, em inteligência artificial generativa e Web3. “Nosso objetivo é aproveitar a expertise das startups do portfólio para acelerar projetos e gerar valor conjunto”, destaca Matheus.

Desde 2018, a organização já investiu em 15 empresas, com cerca de R$ 20 milhões aplicados – sendo que 12 delas seguem ativas no portfólio. Entre os cases de maior sucesso está a Inspectos, plataforma inteligente de inspeção de produtos que permite a gestão de toda a cadeia de vistorias de maneira prática e intuitiva. Criada como um spin-off da BRQ a partir de uma operação desenvolvida para o Bradesco Seguros, a startup tem como propósito transformar a jornada de inspeção em setores como seguros, financiamentos e agro. “Ela nasceu internamente e hoje é a maior startup do nosso portfólio”, afirma Matheus.

Outro exemplo é a Payface, startup de pagamento por reconhecimento facial criada para reduzir filas no varejo e acelerar o processo de checkout. A BRQ investiu na rodada seed da fintech em 2020 e acompanha a evolução do negócio desde então. Em 2023, a startup levantou R$ 15 milhões em uma extensão da rodada série A, realizada no ano anterior, quando captou R$ 30 milhões. “Ajudamos a validar o produto lá atrás e, agora, temos uma parceria forte. Utilizamos a solução da Payface com nossos clientes e servimos como canal de distribuição para a fintech”, destaca o executivo.

De olho nas tendências

Para 2025, o plano é continuar acelerando as startups do ecossistema BRQ. “Uma das nossas prioridades é não apenas oferecer aos clientes tecnologias emergentes e disruptivas, que eles já utilizam, mas também integrar soluções proprietárias da BRQ, especialmente no campo da inteligência artificial generativa, onde já contamos com uma série de ferramentas próprias”, afirma William Nakasone, vice-presidente de inovação aberta da BRQ.

Segundo o executivo, o foco é justamente combinar as soluções das startups com as tecnologias desenvolvidas internamente, promovendo uma integração que permita à BRQ acelerar ainda mais a entrega de valor para os clientes.

Em termos de dealflow, Matheus Berger, head de Corporate Venture Capital, afirma estar atento às evoluções do Drex (Real Digital), projeto do Banco Central que está em fase de testes para lançar a versão digital da moeda brasileira. “Buscamos startups que se conectem de alguma forma com esse ecossistema, seja na parte de codificação ou em aplicações que rodem sobre essa infraestrutura”, pontua.

Ele revela que o Innovation Hub tem o compromisso de investir R$ 30 milhões nos próximos cinco anos, sendo que cerca de R$ 20 milhões já foram aportados em startups até o momento.

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