Contagem parcial na JBS dá margem pequena contra listagem

Os Batista vão ter que passar o dia no telefone trabalhando o voto dos eleitores.

Na contagem parcial dos votos dos acionistas minoritários divulgada agora há pouco, a proposta de listagem da JBS em Nova York está com 25 milhões de votos a menos do que precisa para ser aprovada.

Segundo o boletim de voto à distância enviado à CVM, a proposta teve até agora 246 milhões de votos a favor, 271 milhões contra e 3,2 milhões de abstenções.

Esses votos já proferidos são 520 milhões de um total de 730 milhões de votos de minoritários elegíveis para se manifestar sobre a dupla listagem na assembleia marcada para amanhã – um universo que exclui a família Batista, o BNDES e o management da companhia. Ou seja: os 210 milhões de votos ainda não dados vão decidir se a empresa será listada em Nova York, com enormes benefícios potenciais para seu valor de mercado.

O número divulgado agora deve jogar um banho de água fria nos comprados, mas, mal comparando, a fotografia atual é o equivalente a uma apuração para a Prefeitura de São Paulo em que os votos de Itaquera já foram contados, mas ainda faltam Jardins e Pinheiros. 

Como acontece na maioria das assembleias, estes votos antecipados tipicamente são de gestores que seguem as agências de proxy como a ISS – que recomendou voto contra porque a nova listagem inclui duas classes de ações com poder de voto assimétrico – além de serem gestores com centenas ou milhares de empresas em seu universo de cobertura, e que portanto são menos sensíveis ao que acontece com uma destas posições.

A assembleia começa às 10hs, e o resultado deve ser conhecido no início da tarde.

A ação da JBS já se valorizou 34,4% desde que a J&F Investimentos – o veículo de controle dos Batista – anunciou um acordo com a BNDESPar para que ela se abstivesse de votar.

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