JBS está a 25 milhões de votos de aprovar listagem dupla

FГѓВЎbrica da JBS

A proposta de listagem da JBS na Bolsa de Nova York (NYSE), por meio da criação de uma empresa nos Estados Unidos com ações de classes distintas, será definida por um grupo decisivo de acionistas minoritários. Faltando menos de 24 horas para a assembleia que decidirá o tema, a contagem parcial mostra uma diferença de 25 milhões de votos a menos do que o necessário para aprovação da proposta.

Segundo dados atualizados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foram registrados até o momento:

  • 246 milhões de votos favoráveis
  • 271 milhões contrários
  • 3,2 milhões de abstenções

Esse total representa 520 milhões de votos já computados, dentro de um universo de 730 milhões de votos elegíveis, excluindo a participação da família Batista, do BNDESPar e da administração da empresa, que não podem votar nesse caso.

Investidores da JBS apostam em arbitragem

A movimentação em torno da listagem dupla reacendeu o debate sobre arbitragem de preço. Muitos investidores se posicionaram acreditando na valorização das ações brasileiras da JBS, caso o mercado americano passe a atribuir um valuation mais elevado à companhia.

Segundo Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, essa expectativa tem fundamento: “Há uma percepção de que a ação pode ser precificada de forma mais atrativa nos Estados Unidos, o que obrigaria uma correção nos papéis negociados no Brasil”, afirma.

JBS tem risco de queda se proposta for rejeitada

Com os votos ainda indefinidos e o resultado em aberto, há também o risco de queda nas ações caso a proposta não seja aprovada. A valorização acumulada de mais de 34% desde o anúncio do acordo entre J&F Investimentos e BNDESPar pode ser revertida caso o mercado reaja à rejeição da dupla listagem.

Se for rejeitado, pode haver correção nas ações, já que parte do mercado se antecipou ao possível movimento de arbitragem”, explica Cruz.

Benefícios e desafios da listagem dupla

A listagem da JBS na NYSE permitiria ampliar o acesso ao capital internacional e melhorar a visibilidade da companhia perante investidores estrangeiros. No entanto, o processo exige adaptações de governança, transparência e custos operacionais adicionais.

Estar presente em mais de uma bolsa tem custos operacionais e regulatórios, mas a empresa já deve ter feito essa conta e avaliado que vale a pena no longo prazo”, avalia Cruz.

A empresa terá que seguir exigências mais rígidas da SEC (a CVM americana), incluindo práticas de governança e divulgação compatíveis com os padrões exigidos no mercado norte-americano.

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