Rappi e 99 focam em entregadores pra fazer frente à Meituan e iFood

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Entregador da Rappi | Crédito: Divulgação

Na guerra dos aplicativos de entrega, cada um usa as armas que pode – e vale tudo, inclusive usar as fraquezas dos oponentes contra eles. Depois de a 99 anunciar um pacote de benefícios para os entregadores do app, chegou a vez do Rappi lançar um novo modelo de remuneração, voltado para “valorizar” esses trabalhadores.

A campanha “Taxa 10” do Rappi começa a valer nesta sexta-feira (30) e seguirá por tempo indeterminado. A partir desse dia, todas as entregas realizadas entre 18h das sextas-feiras e 11h das segundas terão nova taxa mínima de R$ 10 – um aumento de 42,85% em relação ao valor anterior de R$ 7.

Além disso, o Rappi está implementando um adicional de R$ 1,60 por quilômetro rodado em entregas acima de 4 km para entregadores independentes cadastrados na plataforma, em todos os estados de categorias e sem limitação de período de entrega.

A campanha inclui ainda um programa de vantagens para entregadores parceiros que estão no estado Diamante. O principal deles é o pagamento no dia seguinte, sem custo adicional de saque.

“Ouvimos quem está nas ruas e entendemos que, para transformar o setor, era preciso agir por meio de um impacto real. Com a campanha Taxa 10, damos um passo decisivo no reconhecimento dos entregadores parceiros usuários da plataforma Rappi”, afirma Felipe Criniti, CEO da Rappi no Brasil, por meio de nota.

A relação com os entregadores é considerada um ponto fraco do iFood, que por ser o maior player do setor, acaba sendo o principal alvo das manifestações da categoria por melhores condições de trabalho. A chinesa Meituan, dona da Keeta, que promete chegar ao Brasil rivalizando com o iFood, não fica muito atrás no seu país natal. E, por aqui, os entregadores já disseram que não acreditam que a empresa terá melhores condições que a concorrente brasileira.

No meio dessa briga, a 99 Food e a Rappi têm buscado se posicionar como empresas que estariam ao lado dos entregadores.

A 99 divulgou na semana passada uma série de medidas para “redefinir o que envolve o universo dos entregadores no Brasil, com mais oportunidades reais de ganho e um compromisso com o futuro da categoria”.

Segundo a companhia, motociclistas que realizarem 20 serviços no mesmo dia (15 com passageiros ou entregas de objetos e 5 entregas de comida) receberão um valor mínimo de R$ 250, o que significa remuneração cerca de 50% a mais do que a média do mercado, de acordo com a 99.

Além disso, a empresa vai investir R$ 50 milhões nos próximos 5 anos para criar uma rede de pontos de apoio aos motociclistas parceiros nas principais cidades do país onde estará em operação.

“Não vemos os motociclistas e entregadores como intermediários – mas sim como
parceiros. Por isso, queremos construir um futuro melhor para eles”, afirma Luis Felipe Gamper, diretor sênior de Logística da 99. “Estamos trabalhando com o governo para garantir proteções mais duradouras, como acesso à previdência social e definição de um piso para ganhos mínimos. Nossa missão vai além de promoções pontuais – estamos mudando a lógica desta relação para criar um novo padrão que valorize, proteja e empodere quem faz o sistema rodar.”

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