Seguro cibernético deixa de ser opcional e se torna estratégico para empresas

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O Brasil ocupa uma posição preocupante no ranking global de ataques cibernéticos, figurando entre os cinco países mais visados por hackers. Em entrevista à BM&C News, Rodolfo Bokel, do Grupo Maldivas, reforçou que o risco não se limita a grandes corporações, pequenas e médias empresas também estão na mira de criminosos digitais e precisam se proteger.

“O seguro cibernético é essencial para qualquer organização que lida com dados sensíveis. A LGPD está em vigor e as penalidades são severas. É uma responsabilidade que não pode mais ser ignorada”, afirmou Bokel.

O que cobre um seguro cibernético?

O seguro cibernético foi projetado para proteger empresas e pessoas físicas de perdas financeiras causadas por ataques virtuais. Segundo Bokel, entre as principais coberturas estão:

  • Vazamento ou roubo de dados
  • Invasões de sistemas por hackers
  • Extorsões digitais (ransomware)
  • Lucros cessantes por paralisação de operações
  • Danos a terceiros (responsabilidade civil)
  • Multas e penalidades da LGPD
  • Custo com perícia técnica e investigação forense

Além disso, muitas seguradoras oferecem apoio especializado em momentos de crise para lidar com casos de sequestro de dados e violações de segurança.

O que não está incluído nas apólices de seguro cibernético?

Apesar do amplo escopo de cobertura, há exceções importantes. Não estão cobertos:

  • Atos intencionais ou fraudes internas
  • Falta de manutenção mínima nos sistemas de segurança
  • Ataques ocorridos antes da contratação da apólice
  • Conflitos cibernéticos patrocinados por governos (ciber-guerras)

Bokel destaca que a cobertura depende da boa-fé e da adoção de práticas mínimas de segurança por parte da empresa.

LGPD aumenta responsabilidade e exige preparo

Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor desde 2020, empresas estão sujeitas a multas que podem chegar a 2% do faturamento anual, limitadas a R$ 50 milhões por infração. “Já há sanções sendo aplicadas. As companhias precisam investir em proteção de dados, treinamento de funcionários e revisão de processos”, alertou o executivo.

O seguro pode ajudar a arcar com os custos de multas, processos e recuperação da operação após um incidente. “O objetivo é garantir que o empresário não fique desamparado diante de uma violação”, disse.

Pequenas empresas também estão vulneráveis: seguro também é importante

Uma percepção equivocada no mercado é a de que apenas grandes empresas são alvo de ataques. No entanto, Bokel lembra que e-commerces, clínicas, escritórios e até pessoas físicas estão expostos. “Qualquer um que armazene dados de clientes, colaboradores ou pacientes precisa se proteger”, ressaltou.

Empresas menores, por vezes, são até mais vulneráveis pela falta de infraestrutura robusta de cibersegurança, tornando o seguro uma medida preventiva essencial.

Como contratar o seguro cibernético e o que observar

O processo de contratação de um seguro cibernético começa com o preenchimento de um extenso questionário, que ajuda a seguradora a avaliar o nível de risco da empresa. Em alguns casos, são indicadas melhorias na estrutura digital antes da formalização da apólice.

“O corretor pode auxiliar na identificação de falhas, sugerir treinamentos, revisar processos e recomendar sistemas mais seguros. É um processo personalizado que avalia cada realidade empresarial”, explicou Bokel.

Na avaliação do executivo, o seguro cibernético deixou de ser uma opção e passou a ser uma exigência estratégica. “É uma proteção vital, que impede a paralisação da empresa e protege sua reputação diante de clientes e órgãos reguladores”, concluiu.

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