Israel atinge alvos nucleares e mata líderes militares iranianos

Prédios atingidos após ataques israelenses em Teerã, no IrãReprodução/X

Em meio à escalada de tensões entre os dois países, Israel lançou, nas primeiras horas desta sexta-feira (13), uma ofensiva militar coordenada contra mais de 100 alvos estratégicos no Irã. Os bombardeios aéreos atingiram instalações nucleares, bases militares e áreas residenciais. Batizada de “Leão Crescente”, a operação foi descrita pelo governo israelense como uma resposta direta às ameaças nucleares e aos ataques anteriores coordenados pela Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC).

A ação mobilizou mais de 200 caças e drones de última geração da Força Aérea de Israel e atingiu cidades-chave como Natanz, Isfahan, Khondab, Khorramabad e Teerã. Segundo fontes oficiais e agências de notícias iranianas, ao menos 10 figuras de alto escalão foram mortas nos ataques, entre eles importantes líderes militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

Mortes confirmadas entre a cúpula militar

Entre os mortos, está o comandante da Guarda Revolucionária, General Hossein Salami, cuja morte foi confirmada pela mídia estatal iraniana. Também foram mortos o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, General Mohammad Bagheri, e o comandante Gholam Ali Rashid, ambos com forte influência na estratégia militar iraniana.

O conselheiro sênior do líder supremo Ali Khamenei, Ali Shamkhani, teria sido gravemente ferido durante os ataques e morreu horas depois, segundo fontes próximas ao gabinete presidencial iraniano.

Cientistas nucleares entre os alvos

Israel também mirou centros de pesquisa nuclear em Natanz e Isfahan, matando ao menos seis cientistas nucleares iranianos, segundo a agência Tasnim. Entre os nomes confirmados estão Fereydoon Abbasi e Mohammad Mehdi Tehranchi, figuras de destaque no desenvolvimento da tecnologia atômica iraniana.

Vítimas civis e impacto humanitário

Os ataques aéreos também atingiram áreas residenciais de Teerã, especialmente o distrito de Tajrish, resultando na morte de diversos civis, incluindo mulheres e crianças. Ao menos 50 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde iraniano.

Moradores relataram explosões contínuas e a destruição parcial de prédios residenciais. Equipes de resgate ainda trabalham na remoção de escombros e buscas por desaparecidos.

Reação iraniana e clima de guerra

O governo do Irã declarou que o ataque israelense representa uma “declaração formal de guerra”, prometendo retaliação “em escala proporcional ou superior”. Poucas horas após os ataques, o Irã lançou cerca de 100 drones contra alvos em Israel, a maioria interceptada por sistemas de defesa israelenses.

Autoridades israelenses declararam estado de emergência, suspenderam voos comerciais e convocaram milhares de reservistas para reforçar a segurança nas fronteiras e em áreas estratégicas.

Comunidade internacional em alerta

A comunidade internacional acompanha com apreensão a escalada entre dois dos principais antagonistas do Oriente Médio. As Nações Unidas convocaram uma reunião emergencial do Conselho de Segurança para discutir o agravamento da crise.

Negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, que ocorreriam em Omã nos próximos dias, foram suspensas. O presidente dos EUA, em pronunciamento nesta manhã, afirmou estar “profundamente preocupado” e pediu moderação imediata.

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