Mixtape: uma viagem nostálgica ao final dos anos 90 e começo dos anos 2000

Que tal um jogo que parece uma mistura de Alta Fidelidade com Jovens, Loucos e Rebeldes, mas interativo e com uma trilha sonora que poderia estar na sua playlist de adolescente? Mixtape, desenvolvido pela Beethoven & Dinosaur e publicado pela Annapurna Interactive, é exatamente isso.

Ambientado no final dos anos 90, o jogo acompanha três amigos em sua última noite do ensino médio, vivendo aventuras que vão desde andar de skate até fugir da polícia em um carrinho de compras. Com uma estética visual encantadora e mecânicas criativas, ele promete ser uma carta de amor à juventude dos anos 90 e início dos 2000. 

Uma história que quebra a quarta parede

Em Mixtape, você conhece Rockford, uma adolescente descolada que sonha em ser supervisora musical em Nova York. Ela guia o jogador com uma atitude meio rebelde, meio charmosa, quebrando a quarta parede como se fosse a protagonista de um filme dos anos 90.

Ao lado de seus dois melhores amigos, igualmente estilosos, ela relembra momentos marcantes da adolescência enquanto se prepara para uma última festa antes de deixar sua cidadezinha na Califórnia. A narrativa é contada por meio de vinhetas que recriam memórias em sequências oníricas, como o primeiro beijo ou uma noite tirando fotos em um parque de diversões abandonado. É uma celebração dos altos e baixos de ser jovem, com um toque de melancolia sobre crescer e seguir em frente.

Uma trilha sonora que é pura nostalgia

A música é o coração de Mixtape, assim como foi em The Artful Escape, que rendeu um BAFTA ao estúdio. A trilha sonora é uma coleção de hinos dos anos 80 e 90, com bandas como DEVO, The Smashing Pumpkins, Joy Division, Siouxsie and the Banshees, Iggy Pop, Silverchair e Roxy Music.

Cada faixa é cuidadosamente escolhida para complementar as cenas, criando uma vibe que lembra aquelas mixtapes que você gravava para um crush ou para ouvir no carro com os amigos. O líder do estúdio, Johnny Galvatron, um verdadeiro roqueiro de Melbourne, sabe como usar a música para contar histórias e evocar emoções, fazendo de Mixtape uma experiência quase cinematográfica.

Visuais e jogabilidade que encantam

Visualmente, Mixtape é um deleite. Com uma estética 3D que mistura tons dourados e sombras roxas, o jogo lembra Life is Strange ou The Walking Dead da Telltale, mas com um toque de animação fluida ao estilo Spider-Verse. Andar de skate pelas ruas arborizadas ou correr da polícia é tão suave quanto parece, com controles responsivos que não deixam a desejar.

Além disso, o jogo surpreende com mecânicas inesperadas: em um momento, você está fazendo os personagens headbangarem em um carro, como em Wayne’s World; em outro, controlando um beijo em close com um estilo cartunesco. Essas variações mantêm a jogabilidade fresca e divertida.

Mais que um jogo, uma cápsula do tempo

Mixtape não é só um jogo; é uma celebração da cultura jovem dos anos 90 e 2000, com referências que vão desde CDs arranhados até festas planejadas sem celular. Mas, ao contrário de muitos produtos que exploram a nostalgia de forma superficial, Mixtape parece genuíno.

Ele captura a essência de ser adolescente – a liberdade, a rebeldia, as amizades intensas e a sensação agridoce de deixar tudo isso para trás. As referências culturais são executadas com cuidado, e a combinação de narrativa, música e visuais cria uma experiência que parece feita sob medida para quem viveu essa era (ou gostaria de ter vivido).

Mixtape está previsto para 2025 e estará disponível no Steam, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, com lançamento no primeiro dia pelo Xbox Game Pass. Com a Beethoven & Dinosaur no comando e a Annapurna Interactive como publisher, as expectativas são altas.

Se você já passou horas escolhendo a música perfeita para uma mixtape ou sonhou em ser um rockstar enquanto ouvia Smashing Pumpkins, este jogo vai falar diretamente com você. Prepare-se para reviver a adolescência com um sorriso no rosto e, quem sabe, uma lágrima no olho.

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