Polícia investiga se homem que matou empresário em Cravinhos, SP, fugiu para o exterior


Hipótese foi levantada depois que quarto suspeito de envolvimento no caso prestou depoimento. Três pessoas estão presas, mas Nelson Carreira Filha ainda não foi encontrado. Polícia suspeita que homem que matou empresário em Cravinhos fugiu para o exterior
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) investiga se o empresário Marlon Couto, suspeito de matar Nelson Carreira Filho, de 43 anos, fugiu do país após o crime. A hipótese foi levantada depois que o eletricista Felipe Miranda, de 31 anos, também suspeito de envolvimento no caso, prestou depoimento. Ele e outras duas pessoas estão presas temporariamente.
Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp
De acordo com as investigações, um ponto no inquérito chamou a atenção dos policiais: uma ligação de Marlon para Felipe em um número que parecia ser do exterior.
A EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso ao documento. Nele, Felipe revelou que o empresário ligou de um número diferente, dando a entender que, naquele momento, já não estava mais no Brasil. O advogado de defesa de Marlon foi procurado, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
LEIA TAMBÉM
Bombeiros suspendem por tempo indeterminado buscas por corpo de empresário em rio no interior de SP
Suspeito de participação na morte de empresário no interior de SP é preso em Minas Gerais
Ainda segundo Felipe, Marlon teria prometido a ele uma recompensa financeira futura para que o eletricista jogasse o corpo de Nelson no Rio Grande.
O empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido depois de reunião de negócios em Cravinhos, SP
Redes Sociais
O suspeito também revelou à polícia que o empresário estava enrolado em duas lonas, uma preta e outra amarela, amarrado com cordas, fitas e a barra de ferro junto.
Na quarta-feira (11), os bombeiros suspenderam, por tempo indeterminado, as buscas pelo corpo de Nelson depois que não tiveram sucesso com a utilização de um equipamento especial de detecção de metais. Novas buscas dependem de novas evidências.
Bombeiros suspenderam por tempo indeterminado buscas por corpo de empresário em rio no interior de SP
Reprodução/EPTV
Três presos e um foragido
Até o momento, três pessoas estão presas temporariamente por participação no desaparecimento de Nelson.
Felipe Miranda foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho. Ele é apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar o corpo da vítima no rio.
Além dele, também estão detidos Tadeu Almeida Silva, gerente da fábrica de suplementos, e Marcela Silva de Almeida, mulher de Marlon.
Tadeu se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.
Marcela Silva de Almeida se entregou no dia 4 de junho. As investigações apontam que ela foi com o marido para São Paulo, no dia seguinte ao desaparecimento, prestar apoio à família de Nelson.
Marlon Couto, apontado como o principal suspeito, segue foragido e, segundo a defesa dele, o empresário ainda não se apresentou porque foi ameaçado, inclusive com uma tentativa de invasão da casa dele.
Emboscada, assassinato e corpo em rio
A Polícia Civil acredita que Nelson Carreira tenha sido assassinado ao ser atraído para uma emboscada em Cravinhos.
Segundo o delegado Heitor Moreira, responsável pela investigação, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia a acreditar que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo (SP), onde ele morava com a família. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Desavenças comerciais
Segundo as investigações, Nelson foi morto por causa de desavenças comerciais, pois teria reclamado com Marlon sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que ele tinha patenteado. Nelson estaria cobrando R$ 100 mil do parceiro comercial.
A investigação também apontou que Marcela tinha conhecimento sobre o crime e foi a São Paulo com o marido para buscar Tadeu após o abandono do carro. Eles chegaram a tomar café com a mulher da vítima na tentativa de ajudar a não levantar suspeitas.
Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região
Adicionar aos favoritos o Link permanente.