Hypera rejeita fusão com a EMS: mercado questiona últimas movimentações

A Hypera (HYPE3) anunciou que seu conselho de administração decidiu rejeitar a proposta de fusão apresentada pela EMS, decisão que recebeu o apoio dos principais acionistas da companhia. A empresa já havia comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a recusa da oferta pública de aquisição (OPA), que visava combinar as operações das duas companhias.

Em carta divulgada à CVM, os acionistas destacaram seu comprometimento com o plano estratégico de longo prazo da Hypera e a relevância das práticas de governança corporativa e da cultura desenvolvidas ao longo dos anos. Eles também expressaram confiança na administração atual da empresa, que, segundo eles, continua atuando de maneira diligente e alinhada aos interesses de longo prazo da companhia.

Rejeição e trajetória independente

A decisão de recusar a proposta da EMS foi vista como um movimento para preservar a independência da Hypera e seguir com sua estratégia de crescimento sem interferências externas. Os acionistas consideraram a oferta da EMS inadequada, optando por manter o foco na continuidade e no fortalecimento da empresa por meio de ações internas e sustentáveis.

“Nosso compromisso com a estratégia e governança da Hypera permanece inabalável, e acreditamos que essa é a melhor decisão para os interesses de longo prazo da companhia,” afirmaram os acionistas na carta à CVM.

Movimentações recentes e impacto no mercado

Os recentes anúncios da Hypera, incluindo a descontinuação do guidance para 2024 e a divulgação dos números abaixo das expectativas para o terceiro trimestre geraram volatilidade nas ações.

A oferta de fusão da EMS levantou questionamentos quanto ao seu timing. Paola Mello, sócia da GTI, usou suas redes sociais para questionar a coincidência entre a revisão do guidance e a oferta:
“Só eu achei coincidência demais a Hypera receber uma oferta no mesmo dia em que revisam o guidance para baixo?”

Perspectivas futuras

Com a recusa da oferta da EMS, a Hypera foca agora em fortalecer seu capital de giro, com uma meta de gerar R$ 2,5 bilhões em caixa até 2028, e reforçar sua posição de mercado. O objetivo é consolidar seu crescimento por meio de ações estratégicas e preservar sua autonomia no setor farmacêutico brasileiro.

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