Papa Francisco revela que foi alvo de tentativa de atentado em 2021


Papa Francisco aparece com um grande hematoma no queixo durante cerimônia
Guglielmo Mangiapane/Reuters
O Papa Francisco revelou ter sido alvo de uma tentativa de atentado suicida durante sua visita ao Iraque há três anos, a primeira de um pontífice católico ao país e provavelmente a viagem internacional mais arriscada de seus 11 anos de papado.
Em um trecho publicado na terça-feira de uma autobiografia que será lançada, Francisco disse que foi informado pela polícia após aterrissar em Bagdá, em março de 2021, que pelo menos dois homens-bomba conhecidos estavam mirando um dos eventos planejados.
“Uma mulher carregada de explosivos, uma jovem kamikaze, estava a caminho de Mossul para se explodir durante a visita papal”, escreveu o pontífice, segundo trecho do livro publicado no jornal italiano Corriere della Sera. “E uma van também havia partido em alta velocidade com a mesma intenção.”
A visita de Francisco a Mossul foi um momento chave durante sua viagem ao Iraque. A segunda maior cidade do país esteve sob controle do Estado Islâmico de 2014 a 2017. O papa visitou as ruínas de quatro igrejas destruídas e fez um apelo pela paz.
Durante a viagem, o Vaticano forneceu poucos detalhes sobre as preparações de segurança para o papa. Muitos dos eventos, que ocorreram em meio à flexibilização inicial da pandemia de COVID-19, eram abertos apenas a um número limitado de pessoas.
Sabe-se que o Iraque mobilizou milhares de agentes de segurança adicionais para proteger Francisco.
O Vaticano não respondeu imediatamente a um pedido por mais detalhes sobre os novos comentários do papa.
A nova autobiografia de Francisco, intitulada “Esperança”, será publicada em 14 de janeiro. O papa já havia lançado um livro de memórias em março deste ano.
No trecho publicado na terça-feira, Francisco disse que o Vaticano foi informado sobre a tentativa de assassinato pela inteligência britânica.
O papa relatou que perguntou a um oficial de segurança no dia seguinte o que havia acontecido com os potenciais agressores.
“O comandante respondeu laconicamente: ‘Eles não existem mais'”, escreveu Francisco. “A polícia iraquiana os interceptou e os explodiu.”
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