Por que os EUA querem reabrir mina de antimônio? Descubra agora!

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Estados Unidos e China estão em um super embate econômico neste ano de 2025, com cada país adotando novas estratégias para tornar sua indústria mais lucrativa – sempre com apoio da tecnologia, claro. Recentemente, o governo norte-americano afirmou que deseja reativar uma antiga mina de antimônio. Mas por quê? Neste artigo do Engenharia 360, vamos explorar as possíveis aplicações desse elemento no setor de engenharia. Confira!

O que é antimônio

No passado, o antimônio era utilizado por povos como egípcios e hindus na produção de maquiagem e experimentos de alquimia. Hoje, mesmo sendo um material raro, assume um papel essencial em diversas indústrias de alta tecnologia, a exemplo da produção de semicondutores, baterias automotivas e retardantes de chamas.

Principais propriedades do antimônio:

  • Classificação ‘metal’ na Tabela Periódica
  • Símbolo Sb
  • Número atômico 51
  • Ponto de fusão 630,63 °C
  • Densidade 6,68 g/cm³ (20 °C)
  • Configuração eletrônica [Ar] 5s² 4d¹⁰ 5p³

Vale destacar que, inicialmente, os cientistas haviam classificado como semimetal, por conta da sua forma escamosa e quebradiça, além da cor prateada.

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Fragmento de antimônio – Imagem reproduzida de Wikipédia – httpspt.wikipedia.orgwikiAntim%C3%B4nio#mediaFicheiroAntimony-4.jpg

Os principais usos do antimônio na engenharia

Por tudo que já foi dito neste texto, você pode imaginar que o antimônio possua propriedades químicas bem peculiares; e é verdade! Ele é um pouco reativo ao oxigênio à temperatura ambiente; contudo, muito inflamável quando aquecido. A produção do elemento envolve a extração de minerais da natureza, como estibina (Sb2S3), reduzida como sucata de ferro para obtenção do metal puro. Aliás, olha que interessante, a China é dominante nesse mercado, produzindo mais de 60 mil toneladas de antimônio anualmente.

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Fragmento de estibina – Imagem de Ivar Leidus em Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Estibina#/media/Ficheiro:Stibnite_-_Herja_mine,_Maramures,_Romania.jpg

Para que tanto antimônio? Bem, esse material é bastante versátil e com diversas aplicações na engenharia. Para começar, as ligas com chumbo são perfeitas para a fabricação de baterias resistentes à corrosão voltadas aos veículos. Também dá para explorar o material na criação de dispositivos eletrônicos avançados, com componentes (até de plástico e tecido) resistentes ao fogo – algo vital para a segurança industrial e doméstica.

Na forma pura ou como óxido, o antimônio é usado em semicondutores, e na melhora da eficiência de dispositivos como detectores infravermelhos e diodos. E para completar, esse metal contribui para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, como baterias líquidas para armazenamento de energia renovável e células solares mais eficientes.

A importância estratégia do antimônio na geopolítica

Para frear a super-potente economia chinesa, os Estados Unidos tomaram o caminho da taxação. Em resposta, a China não apenas taxou de volta como baniu as exportações de metal. Esse movimento forçou os americanos a acelerar projetos como da reabertura da mina de Stibnite, fechada desde 1996, visando garantir sua independência estratégica – até porque o antimônio é considerado um mineral crítico para a segurança nacional dos Estados Unidos devido às suas aplicações militares, como fabricação de munições, sensores e explosivos, além de tecnologias emergentes para o setor de defesa.

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Antiga mina de Stibnite – Imagem de Autor desconhecido em Wikipédia – https://en.wikipedia.org/wiki/Stibnite_Mining_District#/media/File:Stibnite_Historic_District_in_1942.jpg

Hoje, por conta da reação chinesa, há um aumento considerável nos preços de antimônio, chegando a US$ 40.000 ano, segundo as projeções para 2025. A promessa é de que a mina de Stibnite atenda cerca de 35% da demanda nacional quando entrar em operação em 2028 – o problema é esse, só daqui a três anos. O projeto deve receber financiamento significativo do Pentágono e do Banco de Exportação-Importação.

Ambientalistas têm manifestado nas redes sociais suas preocupações. Isso porque a reativação da antiga mina de Stibnite pode representar um risco para a contaminação dos rios locais, considerando que a região sofreu danos durante operações anteriores. O antimônio é tóxico e carcinogênico se inalado ou ingerido. Mas a empresa responsável pelo projeto promete mitigar esses impactos com iniciativas de remoção de resíduos e restauração dos cursos d’água.

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Fontes: Terra, UOL.

Imagem de capa: httpspt.wikipedia.orgwikiAntim%C3%B4nio#mediaFicheiroAntimony-4.jpg

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