Um mês para a Black Friday: veja as ações para deixar no radar

Com a Black Friday 2024 se aproximando, investidores já monitoram o desempenho das principais varejistas listadas na Bolsa de Valores, como Magazine Luiza, Via e Americanas. As vendas durante o evento são consideradas um termômetro do apetite dos consumidores e da saúde econômica do setor.

Impacto nas ações e comércio eletrônico

O volume de vendas e as margens alcançadas durante a data promocional tendem a influenciar diretamente o comportamento das ações das varejistas. Além das lojas físicas, empresas do comércio eletrônico e marketplaces, que consolidaram a Black Friday como essencial para o e-commerce, também ganham destaque.

Oportunidades e riscos para investidores

Empresas com bom desempenho em vendas, aliadas a uma gestão eficiente de estoques e logística, podem apresentar ganhos de valor de mercado. No entanto, a necessidade de aplicar descontos agressivos e o aumento de custos operacionais podem comprometer a rentabilidade e gerar quedas nas ações no curto prazo. Organizações com altos níveis de endividamento enfrentam maiores dificuldades para transformar vendas pontuais em crescimento sustentável. Além disso, um crescimento impulsionado por promoções pode não refletir uma recuperação consistente do consumo, especialmente se financiado por crédito.

Expectativas econômicas e perspectivas para o setor

A Black Friday também impacta as projeções econômicas para o final do ano, influenciando o desempenho do setor de serviços e consumo. O movimento em novembro pode alterar as expectativas para dezembro e a temporada de festas, momentos cruciais para o varejo brasileiro. Mesmo com a inflação controlada, os juros ainda elevados impõem desafios. O evento será um termômetro importante para investidores que buscam sinais de recuperação ou retração no consumo, moldando estratégias de investimento e previsões para 2024.

Confira as ações para deixar no radar com a Black Friday

Magazine Luiza (MGLU3)
Segundo Acilio Marinello, fundador da Essentia Consulting, a Magazine Luiza é uma das empresas mais preparadas para aproveitar as oportunidades da Black Friday. Mesmo enfrentando desafios na Bolsa, a empresa se destaca no segmento de linha branca e marrom. “Seu marketplace consolidado, com produtos próprios e de terceiros (3P), aliado à robustez em estoque e poder de negociação com fornecedores, permite oferecer descontos agressivos, atraindo consumidores e alavancando as vendas.” analisou Marinello.

Lojas Renner (LREN3)
As Lojas Renner, que é destaque no setor de modas também deve ser considerada nesse momento. A varejista investiu em logística própria nos últimos anos, com a abertura de um novo centro de distribuição na região Sudeste, reduzindo tempo e custo de entrega. “Com um sortimento completo de vestuário e acessórios, e uma ampla rede de lojas físicas, a Renner tem potencial para capturar vendas significativas durante a Black Friday.” destacou o fundador da Essentia Consulting.

Acilio Marinello – fundador da Essentia Consulting. Foto: Divulgação

Mercado Livre (MELI) e Amazon (AMZN)
No mercado internacional, o Mercado Livre é visto como forte candidato a liderar as vendas na Black Friday no Brasil. A empresa tem colhido frutos de investimentos em logística, oferecendo entregas rápidas e sem custo elevado. Além disso, o rigor nas políticas de entrega e a qualidade dos serviços fortaleceram seu posicionamento como marketplace, garantindo competitividade no período promocional. Por fim, Marinello destaca a Amazon, que, apesar de margens apertadas, continua a se consolidar como o maior e-commerce global. No Brasil, a Amazon oferece vantagens especiais para assinantes Prime, como frete grátis e acesso a serviços exclusivos. Essas condições tornam a empresa uma aposta interessante para investidores no curto prazo, especialmente durante a Black Friday.

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